A Filosofia da Aranha
Certo dia, um cacique Tremembé da região de capim-açu
município de Taperuaba, conhecido por patriarca, veio participar
da terapia. Ele estava ali para tentar encontrar uma cura para o problema
da tribo dele, que estava ameaçada de perder suas terras e vivia
dividida por conflitos internos. Seu problema, obviamente, não poderia
ser resolvido de imediato pela comunidade, pois estava em um outro nível,
governamental. Dr. Adalberto, então, ofereceu-se para ir a sua tribo
com alguns moradores e ver o que poderia ser feito. Chegando lá,
pôde presenciar a Dança do Torém, uma dança típica
dos índios que enaltece os animais, com os quais seus antepassados
conviveram. E entre essas danças, havia a dança da aranha.
Segundo os índios, a aranha é o animal preocupado em construir
sua teia. A teia, que é a fonte de vida da aranha, é também
o seu vínculo vital. Ela é a sua moradia, é o seu alimento,
é o seu transporte. Deste encontro, as duas comunidades se beneficiaram.
Os Tremembés decidiram se organizar em associação cooperativa
e a comunidade de Quatro Varas adotou a aranha para ser o símbolo
do projeto Quatro Varas. Procurou-se identificar os diversos vínculos
da teia comunitária: O vínculo com a terra, permitiu implantar
a Farmácia Viva; o vínculo com a cultura, o Ateliê de
Arte e Terapia; o vínculo com as tradições, a Casa
da Cura. Estendia-se desta maneira ada vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário