segunda-feira, 20 de junho de 2011



CHINELINHA ARREBENTADA

Meus pezinhos de chinela
tão feliz a caminhar
desfilei pelas calçadas
pra tanta gente admirar...

Coitadinha da chinela arrebentada
levou tantas vezes meus pezinhos
pra tantos cantos desfilar.

Meus pezinhoa tão querido
sem querer arrebentou minha chinelinha.

Chinelinha arrebentada,
vou te guardar
lá no armário com carinho
no lixo não vou te jogar
minha chinela não vou te doar.
amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas quase silencioso.
Não é menor em extensão.
É mais definido, colorido e poetizado.


Não carece de demonstrações;
presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas;
amplia-se com as ausências significantes.


O amor maduro somente aceita viver os problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.


O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão.
Basta-se com o todo do pouco.
Não precisa nem quer nada do muito.


Está relacionado com a vida e sua incompletude, por isso
é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso.
É feito de compreensão, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança.


O amor maduro não disputa, não cobra, pouco pergunta, menos quer saber.
Teme, sim. Porém, não faz do temor, argumento.
Basta-se com a própria existência.
Alimenta-se do instante presente valorizado e importante
porque redentor de todos os equívocos do passado.


O amor maduro é a regeneração de cada erro.
Ele é filho da capacidade de crer e continuar.
É o sentimento que se manteve mais forte depois das ameaças.


Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com gosto da boca e do cheiro,
está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior,
a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção,
o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito.


O amor maduro é a valorização do melhor do outro.
Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois.
Vive do que fermentou, criando dimensões novas para sentimentos antigos,
jardins abandonados, cheios de sementes.


Ele não pede, tem. Não reivindica, consegue. Não persegue, recebe. Não exige, dá.
Não pergunta, adivinha. Existe para fazer feliz.
Só teme o que cansa, machuca ou desgasta.


É o sol de outono.
Nítido mas doce; luminoso sem ofuscar;
suave mas definido; discreto mas certo.
Um sol que aquece até queimar...


Artur da Távola

segunda-feira, 13 de junho de 2011

MÙSICA< CIGARRO E PERFUME

Música , cigarro e perfume
embala minhas emoções,
me faz voar...
me leva a mundos distante,
me trás amores que tive,
faz aumentar minha paixão
me deixar partir
ir ao encontro do dono do meu coração ...
nessa viajem vem lembranças felizes,
recordações de momentos vividos,
viajo a portos que nunca vivi,
sonho com pessoas inesquecíveis,
me faz sentir saudade
de quem nunca vi.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Se você ama alguma coisa ou alguém , deixe que parta. Se voltar é porque é seu , se não é porque jamais seria . "W. Shakespeare -
MEU CORPO QUER O TEU

Meu corpo pede sono,
minha mente quer ficar acordada
pra ver o sol nascer....

Meu corpo pede o teu
quero matar os desejos meu
em noites de paixão...

Meus beijos quer os teus
te espero,
nos meus sonhos coloridos...


Meu corpo quer tocar o teu
sentir tua pele de perfume tentador,
que cheiro sedutor!

Minha boca quer sugar a tua,
teus sentimentos despertar
e deixar teu corpo trémulo de prazer...

Meu corpo pede
que me prove
com tua língua
até que eu peça pra parar
...