Guardo dentro do peito rastro de saudade E boas lembranças Que me ponho à pensar ! Na fazenda Carnaubinha O amanhecer era tão lindo ! O sol começava a nascer com uma beleza sem fim... Logo chegava o entardecer E a noite o luar. Minha mãe bem faceira, dedicada , delicada Zelava a gente com todo esmero. Meu pai com todo carinho Um canto a Ninar, Fazendo a gente dormir, Ainda tenho na mente... Ao entardecer papai chegava E nos levava à passear de cavalo... Pela estrada afora nos vales brejeiros Um cheiro de mato no ar. Não posso esquecer da nossa querida Graça Que amor tão dedicado! Fazia aquele minguá de maisena Que não consigo esquecer o sabor. Um certo dia tivemos que voltar para Fortaleza ! Partimos felizes numa boleia de caminhão. O ! que estrada tão comprida... Antes passamos em Quixadá, Como um fechar de olhos Lá estávamos no Bairro Vermelho Onde passamos toda nossa infância. Assisti o nascimento dos meus irmãos : Egberto, Adalzira e Afonso. Meu pai sempre ao lado da minha mãe, Como nesses anos fomos felizes. Vivemos sempre ao lado do papai e da mamãe , Minha avó Adalzira nossa vizinha. Ah! quanto amei minha avó. Os anos passaram Vi minha vida caminhar Só não esqueci o que a vida me deu. Na minha boa memória vem lembranças no ar! Papai sempre passeando com a gente E mamãe em casa nos esperando. Mamãe tão caseira! Papai bem rueiro. Do papai puxei seu lado festeiro ! Da mamãe seu fenótipo não posso negar ! Também pareço com vovó até me chamavam a cara de Vó! Hoje me sinto feliz em ver tanto amor, O carinho que meu pai dedica minha mãe ! Quando vejo essa dedicação de emoção me ponho a chorar .
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